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Beamian Investido Pela Portugal Ventures

Beamian investido pela Portugal Ventures

O Beamian é um produto tecnológico criado originalmente pela empresa MobilityNow que oferece uma solução all-in-one de gestão de eventos composta por uma plataforma digital e várias componentes físicas. Este projeto, instalado no LISPOLIS desde a sua criação, foi recentemente investido pela Portugal Ventures. O LISPOLIS entrevistou Sérgio Pinto, Managing Partner da MobilityNow e agora CEO do beamian, sobre o processo de candidatura e as perspetivas futuras que este investimento irá proporcionar.

 

Por Cíntia Costa

O Beamian é composto por uma plataforma cloud, que permite aos organizadores a criação e gestão de todas as tarefas inerentes a um evento, e dois tipos de identificadores físicos: os smartbadges, que são badges inteligentes que identificam os visitantes, e os beamers, equipamentos IoT que identificam locais, marcas e expositores que são utilizados durante a realização do evento e que permitem o registo de todas as interações entre os participantes, marcas e expositores.

O potencial do mercado de EMS (Event Management Software) tem um valor estimado de 7 mil milhões de Euros (valores a nível mundial, para 2019) e cresce mais de 11% ao ano. Através do investimento da Portugal Ventures, Sérgio Pinto e Sérgio Alves, fundadores desta startup, e toda a equipa beamian pretendem acelerar o processo de internacionalização e de expansão no mercado Europeu.

Como começou o projeto e em que ponto se encontra atualmente?

Tudo começou com a MobilityNow, na UPTEC, uma empresa fundada com o objetivo de investigar soluções que explorassem o potencial de tecnologias mobile, dando particular enfoque ao NFC (Near Field Communication), um dos mercados onde verificamos que podíamos aplicar essa tecnologia de forma diferenciadora foi o mercado dos eventos. Por forma a testar o conceito, avançamos para a criação de um produto, que teve o nome inicial de “-M-events”, e os primeiros clientes começaram a aderir, com destaque para o setor de Food & Wine e depois no setor das feiras de emprego, até que percebemos que havia um market fit que nos levou à criação de uma marca nova, fora da umbrella MobilityNow, com o nome de beamian.

O momento em que criámos o beamian, como marca, coincide com o momento em que decidimos entrar no LISPOLIS, onde instalamos a equipa de growth – equipa que junta competências de vendas, marketing e customer success.

A partir daí foi tudo muito rápido: começámos a alargar a nossa base de clientes, primeiro nestes dois segmentos (feiras de emprego e Food & Wine), onde entregamos um serviço que resolve um problema muito prático. As pessoas iam para os eventos para provar vinhos novos e que mais lhes interessavam e não existia um processo de registo das suas preferências, ou tiravam fotos aos vinhos ou anotavam num bloco, e da mesma forma os produtores ofereciam os vinhos a consumidores anónimos sem terem hipótese de dar continuidade à relação comercial. O beamian aparece para digitalizar e simplificar o processo. Assim, quem prova os vinhos pode ver as suas preferências e comprar online os produtos a preços preferenciais. Os produtores também ficam com uma base de dados das pessoas a quem ofereceram vinho.

No caso das feiras de emprego, os estudantes chegavam e entregavam os currículos em papel a todos os recrutadores, e estes levavam inúmeros currículos em papel para casa, e nós digitalizamos o processo e passámos a permitir as candidaturas com um simples toque do cartão de estudante.

E esta é a história resumida da origem do beamian.

Posteriormente, durante o último ano, a estratégia passou pela aplicação do mesmo conceito a outros segmentos de mercado: às feiras profissionais, a eventos de música, eventos corporativos, etc. Só durante este último mês, prestamos serviço no NOS Alive, no Festival dos Tabuleiros em Tomar e realizamos múltiplas feiras profissionais – nas principais venues de Portugal, como a FIL, a Exponor e a Exposalão.

Estamos a aplicar a mesma tecnologia em diferentes contextos. Enquanto no NOS Alive estamos a permitir às pessoas a gestão de consumos em tendas VIP, se formos para uma feira profissional estamos a permitir aos profissionais a recolha de interações profissionais num booklet de experiência de visita (onde constam os pedidos de informação e detalhes sobre as empresas visitadas), e para o expositor que investiu num stand beamian estamos a oferecer um método de recolha de leads. E, portanto, é esta experiência e esta competência de fazer a ponte entre o que acontece no mundo real e aquilo que fica registado na nossa plataforma, no mundo digital, que o beamian oferece.

Em que países o beamian já marcou presença, em eventos?

Em outubro do ano passado tivemos uma experiência interessante, que testou a nossa capacidade de prestar serviço em eventos complexos, em múltiplas geografias, que consistiu na prestação de serviços em simultâneo a quatro eventos à mesma hora, dois em Portugal, um em Espanha e outro na Lituânia, o que não deixa de ser um desafio interessante para quem tinha uma equipa de 6 pessoas, o resultado foi que todos correram otimamente bem e foi um grande exemplo de capacidade para a plataforma e para toda a equipa.

Temos também feito vários eventos em Espanha, tivemos esta experiência na Lituânia, estivemos no Brasil e também em França. O que nós queremos com este investimento da Portugal Ventures é exatamente consolidar esta experiência internacional e ir para fora, não como uma exceção, mas como uma regra, sem nunca descurar o mercado português onde queremos prestar serviço de forma exemplar e onde queremos aprender e conhecer o melhor possível todos os organizadores de eventos, o que procuram e como nós podemos ajudar.

Quem são os vossos concorrentes?

Concorrência direta, a fazer o que nós fazemos nos mercados onde nós estamos, não temos. Concorrência indireta, temos muita. Até porque a indústria dos prestadores de serviços tecnológicos em eventos tem um valor muito interessante e está preenchida por muitos players tecnológicos de enorme valor.

Nós estamos à procura do nosso espaço e principalmente queremos estar focados em resolver problemas atuais e a trazer melhorias para tipos de eventos que, estando um pouco esquecidos pelo resto da indústria, têm necessidades específicas e valorizam imenso o que nós oferecemos.

Exemplos de concorrência indireta há muitos, por exemplo, o LinkedIN Nearby é um concorrente indireto para a parte das feiras de emprego, e existem players muito fortes nos festivais de música, pelo que diria que obviamente existem muitas empresas a ocupar este território, mas não a fazer exatamente as coisas que nós fazemos.

Qual diria ser o fator diferenciador do Beamian?

Eu acredito que é a nossa capacidade de combinar uma plataforma cloud, que permite gerir todo o evento e simplificar todos aqueles processos que estão associados à gestão do mesmo, e combinar essa característica com o facto de disponibilizarmos dispositivos físicos no evento para fazer a ponte entre aquilo que realmente acontece no evento e o que é registado, fazendo-o de uma forma muito simples, que implica habitualmente uma ação intuitiva por parte de um visitante, como encostar um copo inteligente, um smartbadge ou mesmo uma pulseira a um equipamento, essa ação significa “eu quero registar” e colocar esta informação digitalmente.

A nossa diferença é combinar os dois mundos, porque nós não somos uma empresa 100% online, baseada numa app e num callcenter remoto ou num chatbot que dá suporte de forma indiferenciada. Nós vamos efetivamente aos eventos e prestamos suporte em tempo real a todos os clientes, fornecemos equipamentos e smartbadges personalizados, entregamos peças físicas que fazem a ponte para o serviço online.

Como é que descobriram a Call da Portugal Ventures?

É interessante porque a Portugal Ventures foi sempre o nosso investidor ”alvo”. Nós já tínhamos feito uma experiência de candidatura há 4 anos com outra marca apenas para perceber como era o processo.

No ano passado estivemos na Web Summit, a convite, e num momento de descontração acabamos por conhecer o Presidente da PME Investimentos, Dr. Marco Fernandes. Após uma conversa informal, fomos convidados para ir à PME Investimentos, onde ele teve a amabilidade de nos dar um overview sobre as hipóteses de investimento que poderiam existir para uma empresa como a nossa. Por vezes, e julgo ser importante destacar esta mensagem, o tempo (por muito curto que seja) que uma pessoa mais experiente dedica a aconselhar alguém poderá sempre ter o potencial de se converter num enorme impacto.

Mais tarde contactamos a Portugal Ventures para uma primeira reunião para percebermos se teríamos, ou não, um encaixe para a Call for MVP e decidimos avançar com a candidatura. Tudo correu de uma forma excelente, a equipa da PV foi sempre excecional, e passamos todas as fases desde o pitch inicial até ao painel internacional.

Por esse motivo, podemos dizer que o investimento foi mesmo o que nós precisávamos, no momento em que precisávamos e por quem nós queríamos. Estamos extremamente satisfeitos.

De que forma é que o LISPOLIS contribuiu para este processo?

O LISPOLIS foi onde nós nos instalámos para lançar a equipa beamian, e muitas das vezes as parcerias e os benefícios que temos em trabalhar uns com os outros não dependem só do incubador mas também das empresas que estão incubadas. No LISPOLIS, nós procuramos sempre fazer aquilo que nós sabemos fazer melhor, que é ajudar organizadores de eventos e desenvolver parcerias para ganhar visibilidade, e o LISPOLIS ajudou-nos sempre nesse caminho; a ganhar a visibilidade que queremos. Aliás, sempre que nós precisámos de alguma coisa, a equipa do LISPOLIS esteve sempre disponível. Além de que foi também o LISPOLIS que nos ajudou na participação no Next Big Idea, que, por si só, já representou um momento de sucesso para a equipa. No fundo, acho que foi no momento certo e o sítio certo para nós estarmos.

E no futuro, o que é que este investimento vos vai permitir alcançar?

O investimento vai ser essencialmente para recursos humanos, para reforçar a equipa e atingir dois objetivos.

O primeiro passa por melhorar e introduzir novas funcionalidades técnicas na plataforma, principalmente no que diz respeito à usabilidade. Nós queremos passar mais poder para o lado do cliente e para o lado do parceiro, simplificando as tarefas de quem tem a difícil missão de organizar um evento, para que se possa focar naquilo que são as interações, naquilo que é o retorno do evento, uma vez que é exatamente aí que nós acrescentamos mais valor. A nossa plataforma cloud e a nossa equipa de customer success só existe por causa disso mesmo, para simplificar os processos e para que os organizadores dos eventos depois se possam dedicar a retirar mais valor de cada evento, e o valor é libertado pelas interações e pelas relações entre pessoas e organizações. É nisso que nós acreditamos e é isso que medimos e registamos.

O segundo objetivo é a internacionalização do serviço.

E quais os primeiros países previstos para a internacionalização?

Nós no último ano já fizemos um trabalho duro de perceber os mercados e avaliar os mercados mais atrativos para cada um dos segmentos. Ainda assim, vamos desenvolver os mercados que estiverem mais recetivos à nossa entrada e que neste momento serão o mercado Espanhol, Inglês e o Francês.

Qual o feedback da Portugal Ventures e as expetativas para o futuro?

Eu acho que existe um entusiasmo muito grande da parte deles e também do nosso lado, mas isso é o que se vive basicamente em todas as startups que são investidas. Claro que estamos extremamente contentes porque tudo correu exatamente como nós queríamos até ao momento, portanto não podemos pedir mais.

Temos agora um plano muito agressivo de crescimento, não só da procura da próxima ronda de investimento, mas essencialmente de fazer o nosso trabalho e de permitir à equipa que continue a fazer o trabalho que está a fazer bem. Acreditamos que é muito importante ter o know-how da Portugal Ventures do nosso lado, até porque a experiência deles em escalar startups é muito mais evidente do que a nossa.

Beamian case studies: 

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