LISPOLIS entrevista Universidade Europeia
O LISPOLIS entrevistou o Engenheiro Paulo Assunção, Diretor de Operações da Universidade Europeia, uma instituição que pertence ao grupo Laureate International Universities e que está em Portugal desde 2011.
Por Cíntia Costa
LISPOLIS – Bom dia Engenheiro Paulo Assunção, qual considera ser o fator diferenciador da Universidade Europeia e por que razão a instituição escolheu o Polo Tecnológico de Lisboa para expandir as suas instalações?
Eng. Paulo Assunção: Bom dia Cíntia. A Universidade Europeia faz parte da Laureate International Universities, o maior grupo de ensino superior privado do mundo. Já estamos em cerca de 25 países e em todos os continentes. Temos, neste momento, cerca de 70 Campus universitários e já ultrapassámos um milhão de estudantes anualmente.
A Laureate International Universities é escrutinada de forma muito rigorosa, tanto a nível nacional como internacional. Pautamos a nossa prática educativa pelo rigor e pela qualidade, não só a nível pedagógico e científico mas também ao nível da experiência académica que oferecemos aos nossos estudantes, nos nossos Campus.
O crescimento da Universidade Europeia assenta nestas boas práticas e vem-se consolidando todos os anos, o que nos obriga a alargar as nossas instalações e a procurar novas soluções para continuar oferecer a melhor experiência universitária aos nossos estudantes que estão no centro do nosso modelo académico e de todas as nossas preocupações. As nossas novas infraestruturas constituem sempre um desafio muito interessante porque não basta uma sala de aula e cadeiras como na maioria das universidades em Portugal. Procuramos aplicar e seguir o exemplo do melhor que a Laureate faz no mundo inteiro e a aposta na tecnologia, em laboratórios para cada uma das nossas áreas de especialização e em espaços que simulam contextos profissionais reais como é o caso, neste edifício, da agência de viagens, são alguns dos argumentos que levam à Universidade Europeia estudantes de todo o mundo.
Por outro lado, somos uma universidade global e lecionamos aulas globais, acessíveis a alunos em todo o mundo e, por essa razão, temos que estar equipados tecnologicamente para podermos cumprir a nossa missão com qualidade. Já para não falar também das exigências tecnológicas que esta nova geração coloca, os millenials, muito tecnológicos, muito focados no digital. Nós temos que estar preparados para os surpreender e oferecer-lhes as condições ideias para estudar e trabalhar em tempo real com estudantes e especialistas em todo o mundo ou para aceder rapidamente a informação digital e virtual.
Atualmente, como enumerei, temos quatro Campus em Portugal. O Campus do IPAM Porto, na zona industrial do Porto, e os três Campus de Lisboa, em Santos, Carnide e agora, mais recentemente, no LISPOLIS. A nossa preferência pelo Polo Tecnológico de Lisboa deveu-se à sua centralidade em Lisboa, às suas acessibilidades e à sua potencialidade para o desenvolvimento de outras infraestruturas da Universidade, o que pode ser também muito importante para todos os parceiros do Polo. De referir também que o nosso novo Campus encontra-se localizado nas imediações de várias empresas, a curta distância do IAPMEI e de incubadoras, maximizando as características diferenciadoras do nosso modelo académico que privilegia também a proximidade com o mercado de trabalho bem como a aprendizagem em contexto real, que já referi, a análise e estudo de casos reais, frequentemente na presença dos profissionais que protagonizaram estes casos, uma vez que a presença em sala de aula dos melhores profissionais de cada área e que vêm partilhar as suas experiências faz parte das nossas melhores práticas. Na nossa Formação de Executivos, desenhamos também programas à medida da necessidade das empresas de forma a potenciar o seu desenvolvimento, eficácia e produtividade e, por isso, esta envolvência empresarial é também muito importante. Por todas estas razões, penso que estão reunidas todas as condições para que esta parceria com o LISPOLIS seja muito bem-sucedida e para que o Polo Tecnológico constitua uma mais-valia no nosso plano estratégico.
LISPOLIS – Relativamente a este edifício, quantos alunos recebem e que cursos têm aqui? Quantos alunos tem a Universidade no total? Que serviços disponibilizam neste primeiro edifício do novo Campus?
Eng. Paulo Assunção: A Laureate International Universities tem cerca de 6 mil estudantes em Portugal, no total dos quatro Campus [três em Lisboa e um no Porto]. Especificamente, este primeiro edifício, no LISPOLIS, está preparado para receber cerca de 1200 estudantes. Nele encontra-se a Escola de Turismo, Hospitalidade e Desporto e, neste momento, já temos as condições ideais para desenvolver o nosso modelo académico diferenciador. Criámos uma agência de viagens e também uma Academia Gourmet.
O espaço alberga ainda um Sport Medicine Lab, dedicado à área desportiva da Universidade que é parceira da Escola Universitária Real Madrid e onde se podem fazer os testes físicos que se exigem nos clubes de futebol. Temos os equipamentos preparados para que os estudantes possam aprender a fazer estes testes para quando entrarem no mercado de trabalho já estarem familiarizados com esta ferramenta e preparados para conceber, preparar e executar este tipo de avaliação. O novo edifício oferece também todos os serviços que existem em outras instituições de ensino superior como uma biblioteca, um bar e salas de aulas com equipamento tecnológico.
LISPOLIS- Dado que a Universidade Europeia está em crescimento, será expectável que continue a investir em infraestruturas e, nomeadamente, em outros edifícios no Polo Tecnológico de Lisboa?
Eng. Paulo Assunção: Sim, e como já referi nós continuamos a trabalhar nesse sentido porque consideramos que o Polo Tecnológico de Lisboa reúne as condições ideais para o desenvolvimento do modelo académico da Universidade Europeia assente na qualidade, proximidade com o mercado de trabalho, aprendizagem em contexto real, inovação tecnológica e internacionalização. Considero estarem reunidas todas as condições para o crescimento da Universidade Europeia no Polo de acordo com o nosso Plano Estratégico para os próximos anos.
LISPOLIS- Estão previstas parcerias com as restantes empresas/entidades igualmente instaladas no PTL? Poderemos contar com descontos em ofertas formativas ou mesmo Programas Executivos desenhados à medida das empresas/ entidades da comunidade LISPOLIS?
Eng. Paulo Assunção: Sim. A Universidade Europeia vai trabalhar de forma muito próxima com todos os associados do LISPOLIS. E vamos querer certamente formalizar parcerias que constituam uma mais-valia para os nossos estudantes e para a produtividade e desenvolvimento das empresas. Os programas executivos desenhados à medida são uma ferramenta que vamos colocar ao serviço das empresas nossas vizinhas – Lembro-me de que quando chegámos a Portugal, em 2011, tomámos imediatamente a decisão de fazer uma abordagem diferenciadora às empresas, procurando conhecer as suas valências e necessidades, a partir das quais preparávamos esses cursos à medida de forma a maximizar a sua produtividade e o desenvolvimento -. Mas existem outras possibilidades de maximizar sinergias como o desenvolvimento de estudos para as empresas, o envolvimento dos nossos estudantes em desafios empresariais, a intervenção conjunta com os associados do LISPOLIS na comunidade de forma a criar um contexto de riqueza cultural e social na localidade e que vai ao encontro da nossa política de Responsabilidade Social.
Esse trabalho de colaboração coim os nossos vizinhos já começou. Tivemos as primeiras reuniões com empresas instaladas no Polo Tecnológico de Lisboa e começamos por questionar como é que a Universidade Europeia lhes pode ser útil, o que podemos fazer para que possam evoluir e para que possam melhorar as valências dos seus colaboradores e a eficácia das suas equipas. Não tenho dúvidas de que a partilha de sinergias entre a Universidade Europeia e as empresas vizinhas vai permitir potenciar o melhor de cada uma destas entidades. Futuramente, como é óbvio, iremos apresentar-nos a todas as empresas que estão no Polo, temos um programa de integração já desenhado e que vai ser liderado por outra área da instituição, salvaguardando os interesses da Universidade e do Polo Tecnológico de Lisboa.
Veja aqui a entrevista completa!